terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Jorge Jesus em alta na Europa!

Hoje foi a vez de outro Jesus fazer história em Belém, ao vencer o prémio internacional para melhor treinador de 2007. Jorge Jesus foi considerado o treinador do ano de 2007 pela Soccerex, uma multinacional inglesa especializada na organização da maior convenção itinerante do mundo da indústria do futebol. O treinador do Belenenses sucede assim ao francês Paul Le Guen, actualmente no PSG, e já foi informado da distinção que o levará ao Estádio de Wembley, a 8 de Abril, para receber o prémio no decorrer da «Soccerex London Forum 2008».

«É um motivo de orgulho este prémio. É o reconhecimento do trabalho que fizemos na época passada, quer no campeonato e na Taça de Portugal, quer nos jogos internacionais, não só com o Bayern de Munique, da Taça UEFA, como com o Real Madrid e o Atalanta», afirmou Jorge Jesus à Agência Lusa.

Motivo de orgulho não só para ele, mas para todo o futebol português. Recorde-se que o sucesso da última época no Belenenses passou pela presença inesperada na final da Taça de Portugal, pelo quinto lugar na classificação que deu o acesso á Taça UEFA, isto tudo depois da equipa ter "começado" a época na segunda divisão. Só depois da decisão do tribunal de futebol é que se soube que afinal, iriam competir na primeira Liga portuguesa. Muito mérito para este treinador que conseguiu levar o Belenenses de regresso a grandes noites de futebol, como já não acontecia à muitas épocas. Esta época continua com um trabalho positivo, dentro dos seus objectivos, estando posicionado no sétimo posto, a dois pontos dos lugares de acesso às competições europeias. É também conhecido em Portugal pela sua enorme qualidade táctica, e por apresentar sempre um futebol atractivo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Licha e Vuk - que jogadores!




Um já bem conhecido em Portugal, o outro começa agora a aparecer.

Depois de duas épocas numa forma "normal" pelo FCP, este ano temos visto um Lisandro impressionante: marca mais golos (até ao momento 16 na Liga, 2 na champions), assiste outros, joga e faz jogar muito, e ainda defende em todo o campo. Raça não falta a este argentino, que esta época se prepara para ser o melhor marcador da equipa e talvez do campeonato. É sem dúvida um jogador muito completo e em grande forma até ao momento, sendo responsável por grande parte dos golos da sua equipa, quer em Portugal, quer na Liga dos Campeões. Como todos os grandes jogadores, este também já começa a ser cobiçado pelas melhores ligas da Europa, mas não me parece que tão cedo saia do FCP.

O recém chegado a Portugal Vukcevic (Simon na camisola) também começa agora a mostrar a sua melhor forma, depois de um início de campeonato mais intermitente. Curiosamente, este jogador aparece agora na sua melhor forma quando a sua equipa não tem correspondido a 100%, tem funcionado como um bom impulsionador do SCP. Tornou-se num goleador inesperado, de remate fácil e inesperado. Tem feito esquecer o seu companheiro de equipa Liedson, no que toca a marcar golos. Para mim a melhor arma deste jogador é sem dúvida o 1 para 1 e também os cruzamentos bem tirados. Se tiver um adequado acompanhamento, tornar-se-á rapidamente um jogador referência dos leoninos, tendo em conta também a sua juventude. De referir ainda que contraiu uma lesão no jogo do SCP contra o Basileia, vamos ver como regressa.

Semelhanças entre os dois encontram-se principalmente na atitude com que encaram o jogo e a raça que demonstram quando se trata de disputar a bola, destes não se acham todos os dias.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

CAN - Qual o seu 11?


A escolha dos dois avançados deveu-se a comparação dos golos marcados pelos dois jogadores, atendendo ao que se esperava deles e das suas selecções. Não vamos tar aqui a comparar Drogba e Eto’o com o Manucho, o Zaky e até mesmo o Agogo, que infelizmente não marcou tantos golos como poderia ter marcado, e até foi algo perdulário no último jogo frente aos Camarões.

Alguns destaques nos jogadores escolhidos:

- Kameni, excelente redes no jogo FM, que confirmou qualidades na CAN; grande exibição frente á selecção da Tunísia, talvez apresentando a melhor defesa do torneio.
- Geremi foi autor de dois excelentes golos ao serviço dos Camarões, e foi sempre dos melhores em campo nos jogos (alguns deles fracos) da sua selecção.
- Rigobert Song confirmou a sua qualidade, apesar do erro fatal na final. Uma despedida que certamente não pretendia, mas mesmo assim tem aqui lugar por toda a classe.
- Gomaa não conhecia mas desempenhou exibições imperiais no centro da defesa campeã; merece assim este destaque.
- Sarpei do Gana, excelente jogador que não conhecia. Actua no Leverkusen e foi sem dúvida um dos melhores do Gana durante a competição.
- No meio campo, Yaya Touré e Essien só confirmaram o seu valor. Muntari e Aboutrika para mim as grandes revelações nas suas selecções, tanto pelos golos marcados mas também pela influência que apresentam no jogo das suas selecções.
- Aboutrika foi o herói da final, tendo marcado o golo vitorioso.
- Quanto aos dois avançados já falei em cima, aproveito para dizer que o Agogo também podia estar no 11 titular, mas não dá para todos. Zaky, apesar de ter marcado muitos golos, também tem do seu lado o factor de ter ganho a competição.

- Alexandre Song, no banco de suplentes, tenciona seguir os passos do seu tio Rigobert Song, e parece ter ganho o lugar no meio campo da selecção dos Camarões, tirando o lugar a jogadores bem mais experientes. Também uma boa revelação, ainda muito jovem o jogador do Arsenal.
- Pantsil (Gana) e Hosny (Egipto) também forneceram exibições de alto nível.
- Para segundo guarda-redes, poderia ter escolhido o do Egipto, mas como surpresa gostei mais do angolano Lama, que defendeu que se fartou.
Jogadores quase no 11:

Lama - redes da Angola
A. Song - médio dos Camarões
Agogo - avançado do Gana
Hosny - médio do Egipto
Pantsil - lateral do Gana

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CAN - Surpresa Angola.

Depois de ter surpreendido o Mundo do Futebol ao estarem presentes no último Mundial de Futebol, na Alemanha, os "palancas negras" voltam agora a ser falados por bons motivos. Apesar de terem integrado o grupo mais equilibrado da CAN, conseguiram passar em segundo lugar, deixando para trás duas selecções africanas com história: casos do Senegal e da África do Sul. No seu grupo apenas ficaram atrás da poderosa Tunísia, campeã da competição na penúltima edição, que terminou o grupo em primeiro lugar.

Os angolanos acabaram por ser afastados da competição nos quartos de final, após uma derrota por 2-1 frente ao campeão em título Egipto, num jogo em que as diferenças técnicas e experiência entre as duas selecções foram bem notórias e talvez tenham ditado o afastamento dos Palancas. No entanto, e apesar de já não estarem em prova, penso que terão sido a maior surpresa desta edição. Jogadores são quase todos desconhecidos no mundo do futebol, e trata-se de uma selecção sem história no futebol africano e que partia no lote das selecções mais fracas nesta competição.

Agora, alguns dos seus jogadores já são falados internacionalmente, principalmente o avançado goleador Manucho, autor de 4 dos 5 golos da sua selecção na prova e certamente uma das principais revelações da CAN. Foram os primeiros jogos disputados pelo atleta depois de consumada a sua transferência para o colosso Manchester United, e conseguiu demonstrar bem as suas qualidades de finalizador, apesar de algumas limitações. Soube-se também durante a competição que, até ao próximo verão, o atleta jogará no Panathinaikos, emprestado pelo Manchester U, de modo a conseguir obter uma licença de trabalho para Inglaterra e também jogar mais vezes e ganhar experiência.

O avançado Flávio, que fazia dupla de ataque com Manucho, e também o médio esquerdino Gilberto (ambos a actuar no Al Ahly, do Egipto) também se revelaram como bons jogadores, e quem sabe se não dão o salto para as ligas europeias.

É pena esta selecção cheia de alegria e que tanto diz ao futebol português (somos os maiores fornecedores de jogadores para a selecção) já estar fora da competição, mas seja como for fizeram mais do que muita gente esperaria deles, e certamente, o melhor que podiam. Esperemos agora que mantenham as condições, para que sejam presença frequente neste tipo de competições futuramente.