terça-feira, 30 de outubro de 2007

Crise no AC Milan? Mourinho resolve!

Para mim, a melhor resolução para acabar com a acentuada crise que se vive num dos melhores clubes de Itália e talvez da Europa, é contratar outro treinador. Eu sou a favor dos treinadores terem o seu tempo para mostrarem o que valem e que não é à primeira crise que devem sair, mas o Carlo Ancelotti já tem muito tempo de AC Milan e as coisas realmente não lhe estão a correr nada bem neste início de época. Os seus defensores podem sempre dizer que conquistou na ultima época a Liga dos Campeões e que esta época ainda a pode conquistar, mas a verdade é que o AC Milan já não vence um campeonato e uma taça de Itália a algum tempo, e os sócios não perdoam.

O ano passado tiveram a desculpa de começarem com alguns pontos negativos devido aos escândalos de envolvimento em apostas ilegais, esta época não. Outra coisa que não anda a cair nada bem aos responsáveis e aos “tiffosi” rossoneri, é ver o arqui-rival Inter ser bi-campeão e preparar-se para ser tri, enquanto que eles não vencem nada. Atéw ao momento nesta época fizeram 10 pontos num total de 27, o que não é nada normal para uma equipa desta classe.

Bons jogadores não faltam ao Milan, falta sim um plantel ligeiramente melhor, uma verdadeira equipa. O onze tipo do Milan tem dos melhores jogadores do mundo na sua posição, mas infelizmente para eles, sozinhos não fazem tudo. Avançados, e agora ainda para mais com a lesão do Ronaldo, ainda não se conseguiram afirmar plenamente, e desde a saída do Shevchenko que só têm vindo desilusões (há ainda o craque Alexandre Pato, que só pode actuar depois da reabertura das inscrições, mas também ainda é um jovem que precisará do seu tempo para mostrar as capacidades). A defesa tem um misto de muita qualidade e experiência, mas penso que faltam alternativas – Cafú e Maldini já tem a sua idade, Kaladze tem tido algumas lesões, Bonera ainda não tem tudo para ser um grande substituto do capitão. No meio campo está talvez o sector mais forte da equipa, com jogadores como Seedorf, Kaká, Pirlo e Gattuso. Alternativas? Muito poucas para uma equipa que pretende ganhar tudo durante a época – Gourcuff, Brocchi, Ambrosini, jogadores bons, mas fora do contexto dos outros quatro referidos anteriormente. Penso que ultimamente as épocas não têm sido bem planeadas pelo departamento de futebol e pelo treinador, que teima em apostar sempre na mesma equipa, que já é muito “batida” e já todos a conhecem bem em Itália. Isto vem assim explicar o porquê das boas campanhas europeias, e más campanhas internas. É já uma equipa muito óbvia, apesar de toda a qualidade indubitável.

Mourinho apareceria assim como uma lufada de ar fresco para os ares de Milão, que possivelmente traria ideias novas e novos jogadores (alguns do Chelsea, quem sabe) e que certamente seria a equipa perfeita para voltar ao activo. E vontade não lhe deve faltar…

Ancelotti não deve aguentar mais uma série de maus resultados e a direcção, ou até o próprio treinador, devem tomar uma atitude em relação ao seu futuro. É sabido por toda a gente a preferência que Mourinho tem pelo “cálcio”, e esta seria uma excelente oportunidade para ele. Daqui a umas semanas, quem sabe, não temos um treinador português no campeonato italiano, que actualmente é unicamente constituído por treinadores nacionais. Acontecimento único no futebol mundial, arrisco a dizer.


CLASSIFICAÇÃO:
1º Internazionale 9 jogos 6V 3E 0D 21 pontos
2º Roma 9 jogos 5V 3E 1D 18 pontos
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13º Milan 9 jogos 2V 4E 3D 10 pontos

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Pedalaaaa Robinho!


Robson de Souza (São Vicente, 25 de Janeiro de 1984), mais conhecido como Robinho, no mundo do futebol.

Começando pelo início, Robinho começou a jogar nas ruas da sua zona, como muitos outros craques brasileiro, passou depois para o futsal do Santos, tendo nos infantis trocado o pavilhao pelo"gramado", e iniciado carreira no futebol de 11.


O jovem Robinho teve a sua primeira chance no "time" profissional do Santos no Torneio Rio-São Paulo de 2002. Como os resultados foram maus, o técnico responsável por lançar Robinho, Celso Roth, foi substituído por Émerson Leão. Com Leão no comando, jovens como Robinho, Diego, Elano, Renato e Alex se mostraram peças fundamentais para o funcionamento do time que conquistou o Campeonato Brasileiro de 2002, após um jejum de 18 anos sem vencer.Em 2005 acertou contrato com o Real Madrid, após uma tumultuada transferência que, especula-se, rendeu aos cofres santistas cerca de 30 milhões de Euros.

Como é possível um jogador destes, que faz jogos impressionantes, como durante a Copa América (onde apontou 6 golos), ficar ao banco no seu clube. O próprio vem dizer que prefere jogar na "canarinha" do que no Real, não sei se tem a ver com o novo treinador dos "merengues" ou não, mas a verdade é que as coisas não andam bem com ele por aqueles lados, e pretendentes não deverão faltar.

  • 2002 a 2005 (Santos - Brasil): 98 partidas / 40 golos
  • 2005 (Real Madrid - Espanha): 73 partidas / 14 golos
  • Desde 2003 (Brasil): 42 partidas/ 11 golos
  • Bola de Prata 2002;
  • Bola de Ouro 2004;
  • Melhor Jogador da Copa América 2007

Isto serve só como uma breve história deste magnífico jogador, porque o que realmente interessa ver é o vídeo do golo que ele "criou" e baptizou esta semana, na vitória por 5-0 do Brasil sobre o Equador, em pelo Maracanã, com uma jogada excelente. Como o próprio disse (com toda a sua típica boa disposição) ao site Globo Esporte depois do jogo, o drible "vai pra lá, que eu vou pra cá", é inspirado no samba. Coitado do defesa equatoriano, Ulisses De la Cruz, certamente não sabe sambar...

Para ler a entrevista de Robinho no final do jogo na totalidade, o que aconselho vivamente, ir ao seguinte link:

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Selecao_Brasileira/0,,MUL152522-4482,00.html



domingo, 14 de outubro de 2007

O objectivo do empréstimo no futebol.


Venho escrever umas linhas a propósito deste tema, depois de ter visto esta semana uma notícia que referia, entre outras coisas, o seguinte acerca de jogadores emprestados pelo FCP:

"Wason Rentería (Estrasburgo, França): voltou à Selecção Colombiana e já marcou quatro golos em nove jogos no campeonato francês e um na selecção. Já se tornou, segundo o seu empresário, "um ídolo do Estrasburgo". Lucas Mareque (Independiente, Argentina): foi pré-convocado para a Selecção da Argentina, que desta feita não chamou Lucho (por lesão) e teima em não convocar mais vezes o melhor marcador do nosso campeonato até ao momento, Lisandro... Lucas já fez 12 jogos ao serviço do Independiente, com cinco assistências para golo. Ibson (Flamengo, Brasil): tem coleccionado elogios no Brasil e já pensa numa convocatória para a Selecção canarinha, sendo que marcou três golos em trezes jogos efectuados até ao momento. Sabe-se que Dunga é um apreciador das características do médio do FCP".
E o que li e ouvi depois nos comentários relativos a esta notícia foi imensa gente a dizer mal dos empréstimos do FCP, e que estes jogadores que foram emprestados se estivessem cá nos lugares de outros faziam mais e melhor. Estou totalmente em desacordo com estas afirmações, e só diz isto quem não entender muito bem qual é o objectivo de um jogador ser emprestado (exceptuando o Ibson, o qual sempre defendi merecer lugar no plantel principal).
Vejamos assim: os 3 jogadores tinham eventualmente ficado no plantel á ordem dos trabalhos do mister Jesualdo, e até ao momento tinham sido utilizados a titulares num jogo, contra o Fátima. O Mareque não teria tantas assistências, o Rentería não marcava, o Ibson também não, e pior que isso era que nenhum deles jogava tanto quanto estão a jogar agora nos seus clubes. Esta notícia é boa para demonstrar que o empréstimo foi bem feito e calculado pelo FCP e que está a dar bons resultados - caso eles tivessem ficado cá não teriam metade das oportunidades de jogar e isso sim, seria péssimo para o seu desenvolvimento como jogadores.

Acho que não tem lógica dizer-se que fizeram mal em emprestar e é certo que agora, quando voltarem ao plantel principal do Porto, já vêm com outra experiência no futebol e certamente irão ter maior sucesso que anteriormente. Como estes casos há mais em quase todos os clubes. Exemplos como o do Ricardo Carvalho devem ser seguidos pelos jogadores e directores, que esteve um ano no plantel sénior do FCP sem nunca ter actuado, tendo sido depois emprestado ao Leça, Setúbal e Alverca (três épocas fora) e depois apareceu em grande e está agora onde toda a gente sabe. Paulo Assunção, Tonel e Bruno Alves, outros jogadores das escolas do FCP (P.Assunção veio enquanto júnior e Tonel acabou sendo sido aproveitado pelo Sporting), também apareceram já com 23, 24 anos no plantel principal, mas a verdade é que voltam para ficar e são até mesmo cobiçados por outros clubes. Portanto não tenho qualquer dúvida que é bom para os jogadores ganharem "nervo" e que a tendência é para aumentar este número de casos, porque é realmente o melhor.
Os casos retratados no excerto de notícia exposto a abrir este post são sem dúvida 3 casos de sucesso em empréstimos do FCP, podendo citar-se outros como Vieirinha e Paulo Machado que também encontraram o seu lugar num 11 duma equipa de primeira (Leixões), e até na selecção tem tido o seu espaço, sem esquecer também o caso Claúdio Pittbull, no Setúbal.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Fernando, aqui deixa-te disso..." - Diferenças entre culturas de futebol.


Em Inglaterra, como é sabido, as simulações de faltas, principalmente grandes penalidades, não são muito bem vistas pelos adeptos do futebol e jogadores habituados aquela cultura. Uma realidade que Fernando Torres (por exemplo, como ele deverá haver muitos, a começar pelos nossos portugueses) demorou pouco a assimilar. O avançado espanhol do Liverpool garante que não vai mais tentar enganar a equipa de arbitragem, até porque no seio do próprio clube há quem não goste disso:
«Aqui em Inglaterra ninguém apita se te deixares cair. Não vale a pena simular porque os árbitros são poucas vezes enganados. E para além do mais os teus colegas de equipa, como é o caso do Gerrard, não gostam desses truques», disse o internacional espanhol ao jornal «Liverpool Echo».

Fernando Torres não poupa elogios à principal referência do balneário do Liverpool, o seu capitão Steven Gerrard, e ficou mesmo a entender que não fez tudo o que tinha ao seu alcance enquanto foi dono da braçadeira de capitão no Atlético de Madrid, o seu antigo clube. «O Gerrard e o Carragher dão o exemplo em tudo, e isso contagia o grupo. Os principais símbolos do clube querem que as coisas corram bem, e isso diz muito sobre a equipa. São detalhes que me mostram que não fiz certas coisas enquanto fui capitão do Atlético», disse «El Niño» ao mesmo jornal da cidade de Liverpool.

Esta notícia é apenas uma mera e pequena curiosidade que serve perfeitamente para notar as princpais diferenças entre o que é o futebol em Inglaterra, e o que é nos restantes países e continentes. Comparando com o nosso conhecido campeonato português, isto seria um caso quase impossível de acontecer. Em Portugal quase todas as jornada nos trazem exemplos de simulações de grande penalidade e de faltas, mas só vemos oporem-se a isso os infractores. Quem os marca não se queixa, nem tem de queixar porque primeiro importa que a equipa vença, mentalidade de quase todas as equipas, mesmo em Inglaterra, só que lá ainda há quem tenha estes valores de sinceridade no jogo e para com os árbitros. Ainda para mais, neste caso, quem diz ao jogador para não simular penalties é o próprio marcador destes, o Gerrard! Era o mesmo que vermos no Sporting (sem qualquer tipo de coisa contra o scp) o João Moutinho dizer ao Liedson (logo ao "levezinho") para não lhe arranjar mais penalties, que era contra os princípios do futebol. Só um pequeníssimo exemplo que demonstra bem que em Inglaterra as coisas são bem mais a sério e que o futebol tem outro tipo de impacto.

É impensável em Inglaterra ver um jogo da primeira liga com apenas 500 espectadores no estádio. Há jogos cá que certamente não atingem tanta gente, enquanto que se formos lá, arrisco a dizer que na segunda divisão (corresponde á nossa terceira) os estádios enchem completamente. Levem 10 ou 2 mil pessoas, o que importa é encher. Podem dizer que cá os preços dos bilhetes são muito altos e que lá ganham mais salário, mas não é sempre assim. Se as pessoas aderissem mais, certamente o preço dos bilhetes ia descer e ia ser mais acessível ir ao estádio ver o futebol, como acontecia á uma dezena de anos atrás. O exemplo dado pelos jogadores do Liverpool mostra que lá respeitam mais o futebol, o que faz com que dê mais gosto aos adeptos ver as suas equipas a jogarem e que torna o campeonato mais desejado por todos, seja treinadores, jogadores ou espectadores. O Fernando Torres vinha mal habituado com os vícios do "outro" futebol, mas rápido aprendeu a lição que é jogar na Liga Inglesa.

Seja como for, futebol é futebol e o de Portugal apesar de ter muitas mesquinhices e manias, é o que há e temos de gostar! Pior era se acabassem com o futebol...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Taça UEFA - S.C. Braga, única esperança.



O Braga não teve a sorte do seu lado no sorteio da Taça UEFA realizado esta manhã em Nyon, na Suíça, sede daquela organização, tendo ficado no Grupo F na companhia do poderosíssimo Bayern de Munique (Alemanha), Bolton (Inglaterra), Aris Salónica (Grécia) e Estrela Vermelha (Sérvia).

O Braga parte para esta competição como único representante português, podendo depois alargar-se a lista de acordo com a campanha dos outros na Liga dos Campeões. Voltando à UEFA, à partida a tarefa dos "arsenalistas" não se prevê nada fácil já que vai defrontar equipas com história na Europa, caso do Bayern Munique e o Estrela Vermelha (que são presenças assíduas nas provas europeias), e do Bolton que nas últimas épocas tem feito boas campanhas na sempre complicada liga inglesa. O Aris Salónica apresenta-se como o elo mais fraco do grupo, mas mesmo assim será um jogo certamente complicado caso se realize na Grécia. Se o clube português apresentar o bom nível de futebol que já apresentou noutras alturas, penso que não terá muita dificuldade a passar para a próxima fase, já que tem equipa para isso. Actualmente vivem uma "mini crise" na liga portuguesa, mas esperemos que não interfira na UEFA.

Vou começar por falar do principal candidato ao primeiro lugar no grupo e quem sabe à conquista da taça UEFA, o colosso europeu Bayern Munique. Depois de uma época passada abaixo das expectativas, a direcção apostou fortemente nesta época através da contratação de excelentes jogadores de classe mundial, casos de Ribery, Zé Roberto e os matadores Miroslav Klose e Luca Toni, actualmente formando uma das duplas de avançados mais eficazes na Europa. Na sua liga não têm dado muitas hipóteses aos seus adversários, apresentando apenas dois empates em 9 jogos e mais 5 pontos que o segundo classificado. Recentemente jogaram contra o nosso Belenenses e não tiveram que "correr" muito para levar de vencida a equipa de Belém. Na primeira mão venceram por 1-0, depois vieram a Portugal com uma equipa um pouco desfalcada mas conseguiram uma vitória por 0-2.

O Bolton actualmente encontra-se num comprometedor penúltimo lugar da liga Inglesa, depois de ter sido vencido em casa pelo Chelsea. No entanto, apesar da má classificação, é sempre uma equipa inglesa que normalmente dá muito trabalho, e tem jogadores de grande nível no seu plantel, como os avançados Nicolas Anelka e o Diouf, o médio grego Giannakopoulos ou o experiente defesa espanhol Iván Campo. O português Vaz Tê também faz parte do grupo, mas devido a grave lesão no joelho, não poderá defrontar os bracarenses. O confronto com o Bolton certamente será importante para decidir uma boa classificação no grupo.

O Estrela Vermelha é uma equipa com alguma experiência nesta competição e que torna os jogos sempre complicados devido ao bom ambiente que se faz sentir no seu estádio e também graças à grande competição imposta pelos seus jogadores. Defrontaram a equipa do Braga na qualificação para a UEFA há dois anos atrás, tendo levado de vencido a equipa portuguesa que assim se viu afastada das competições europeias. Este ano defrontaram o FCP num jogo de pré-época, tendo perdido por 1-0, mas mesmo assim deram uma boa imagem do seu futebol. Têm no seu plantel o português Lucas, ex-Boavista, como um dos principais pilares do seu meio campo, a par da jovem promessa sérvia Milovanovic.

No regresso simbólico à Grécia (primeiro jogo nas competições europeias do Braga foi na Grécia, frente ao AEK), para defrontar o Aris Salónica, o Sporting de Braga terá o público como principal obstáculo a um resultado positivo. O Aris costuma tirar o máximo partido do inferno de Salónica, assumindo-se como um adversário extremamente mais complicado em casa que na condição de visitante. A deslocação a terras helénicas está marcada para 6 de Dezembro. o Aris de Salónica conta com nomes conhecidos dos adeptos portugueses. Paulo Costa, antigo internacional nas camadas jovens da selecção e ex-FCP, abandonou o clube neste defeso, mas ainda resistem Ronaldo (central brasileiro ex-Benfica), Ronald Garcia (médio ex-Alverca e Benfica) e Koke (avançado ex-Sporting). Há portanto que ter cuidado porque não será fácil.


CALENDÁRIO:

1ª jornada:
Bolton x SCB 25 outubro


- 2ª jornada:
Isento 08 novembro


- 3ª jornada:
SCB x Bayern 29 novembro


- 4ª jornada:
Aris Salónica x SCB 06 dezembro


- 5ª jornada:
SCB x Estrela Vermelha 19 dezembro

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Polga e Djaló, até quando?

À primeira vista a pergunta “até quando?” até pode causar alguma estranheza, pois é, mas vamos já perceber que afinal não é assim tão complicado explicar o “porquê” desta pergunta…


O Sporting tem vindo a mostrar alguma irregularidade nas exibições, isto não é novidade nenhuma, mas há coisas que nunca mudam, sejam elas a cor das cadeiras de Alvalade, o relvado, a excelente forma do Polga e os jogos desastrosos de Yannick Djaló!















Como é costume, comecemos pelas más noticias. Paulo Bento tem vindo e parece que vai continuar a apostar em Yannick Djaló para acompanhar Liedson na frente de ataque do Sporting, a pergunta impõe-se, até quando?! Djaló já provou não ser jogador para o Sporting, como ele os leões já tiveram muitos, Varela terá sido o último que mais se assemelhe, veja-se onde está agora, Recreativo de Huelva.

É verdade que não há muito mais por onde escolher, e se Purovic parece ser o substituto mais directo então que entre e jogue porque Djaló está demasiado fraco para uma equipa que disputa tantas competições e com aspirações de ganhar algumas delas.


Uma palavra: Desastrado (tanto Djaló como Paulo Bento).


Por outro lado, temos na defesa do Sporting o internacional Brasileiro (vá-se lá saber o porquê de Dunga não o ter convocado) Anderson Polga, 28 anos, há 5 épocas no Sporting, 1 golo, imensas exibições de encher o olho e uma enorme forma que apresenta desde há largos meses.

Este sim, uma aposta insubstituível de Paulo Bento, que deixa no banco o recém convocado da selecção Brasileira, Gladstone.

O que se pode pedir mais a Anderson Polga? Faltam mais golos, mas marcou um golo histórico, e que pode muito bem vir a ser decisivo, em Kiev, já merecia e ninguém pode dizer o contrário, é sem duvida, actualmente o melhor central a actuar em Portugal, refira-se que o entrosamento com Tonel também ajuda.

Para concluir resta lembrar que Polga tem contracto até 2010 e foi recentemente rotulado pelo Sporting como “praticamente inegociável”, interessados não devem faltar diga-se.


Uma palavra: Fantástico!


Os dois pólos unem-se numa equipa, Polga e Djaló, até quando?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Liga dos Campeões - Jádson gela a luz.




Decorreu ontem e hoje a segunda jornada da Liga dos Campeões e desta vez os clubes portugueses estiveram melhor. O Porto depois de um empate caseiro frente ao vice campeão da Europa Liverpool foi hoje vencer a um sempre difícil terreno turco, desta feita o Besiktas; o Sporting, depois de uma derrota em casa frente ao Manchester United também conseguiu uma complicada vitória fora, em Kiev, contra o Dínamo local. De registar que foi a primeira vitória de sempre fora conquistada pelos leões, com o primeiro golo de sempre pelo Sporting do Polga, que bem ia tentando nas duas últimas épocas. O Benfica não melhorou o resultado da primeira jornada, obteve outra derrota, desta feita em casa frente a um forte Shakhtar Donetsk e é o clube português que tem a tarefa mais complicada para seguir em frente na competição.

Falando agora dos jogos, Porto e Sporting contaram com boas exibições dos dois guarda-redes e conseguiram matar o jogo nas poucas oportunidades que tiveram. Quaresma e Raúl Meireles tiveram nos pés oportunidades de ouro, numa segunda parte bem conseguida dos bi-campeões nacionais, mas foi em cima do apito final que o "Harry Potter" (aproveitando as alcunhas) decidiu trazer os 3 pontos para Portugal. De referir ainda a excelente exibição do "El comandante" Lucho González, que cada vez mais volta a ser o bom Lucho que nos habituou.

O Sporting começou bem o jogo, mas depois do primeiro golo o Dinamo apertou um bocado e ganhou ascendente no jogo. Conseguiram empatar num lance derivado de muita passividade da defesa portuguesa, que deixou os ucranianos trocarem a bola como queriam e finalizar. O Sporting conseguiu reagir de imediato e marcar um golo pelo jogador menos previsível, Anderson Polga. Eram 3 golos marcados por 3 defesas centrais, um facto estranho. No resto do encontro o Dinamo pressionou alto mas não conseguiu transformar em golo as oportunidades que tinha. Djaló podia ter morto o jogo no decorrer da segunda parte mas não foi capaz.

Quanto ao Benfica, não me posso alongar muito porque não vi o jogo. Shakhtar venceu por 1-0 graças ao golo do brasileiro Jádson, após excelente jogada de trabalho colectivo. Pelo que vi no resumo da RTP, o Shakhtar poderia ter marcado mais 2 ou 3 golos na segunda parte, onde encontramos uma equipa do Benfica completamente perdida em campo e que tentava a todo o custo obter o empate sobre a muita pressão da massa associativa. O Benfica, através de Cardozo, Edcarlos e Nuno Gomes podia ter empatado o jogo mas não foram capazes de balançar as redes guardadas pelos ucranianos.

Dois jogos e 0 pontos torna a tarefa da equipa da Luz muito complicada, que na próxima jornada recebe os escoceses do Celtic. Está difícil mas nada é impossível, faltam 4 jogos. Quanto ao Porto, apresenta 4 pontos em dois jogos e na próxima jornada desloca-se ao terreno do 100% vitorioso Marselha e um resultado que não a derrota seria bom, dadas as circunstâncias. Sporting tem 3 pontos em dois jogos e desloca-se a Roma, um campo tradicionalmente complicado.

Amanha há Taça Uefa e força tugas!