
Mas o que importa referir neste post é que, perante um certo preço, os clubes portugueses não podem resistir em vender os seus craques, por muito importantes que sejam. É esta a nossa realidade, compreensível. Portugal forma jogadores ou vai buscar estes á América do Sul por baixos preços, desenvolve-os e passado pouco tempo vende-os aos grandes europeus (exemplo mais flagrante é o do Anderson, que apesar de não ter sido muito barato, ficou pouco tempo cá e valorizou muito). Funcionamos como uma "rampa de lançamento", que cada ano que passa fica sem as suas mais atractivas promessas e baixa muito o nível de espectularidade do nosso futebol.
Toda a gente fala que o Benfica tem mais ambição que o Atl. Madrid e que o Simão deveria ter ficado por cá como bom capitão que era, mas eu compreendo o lado do jogador. Jogar em Espanha é um sonho para qualquer jogador, para não falar em ganhar o dobro ou o triplo do vencimento que ganharia se ficasse...e temos também se ver que o Simão não é nenhum jovem e que tem de aproveitar bem enquanto pode, depois de uma passagem falhada por Barcelona.
Portugal continuará a ser visto como um bom país para formar e fazer crescer novos jovens jogadores, para que no momento certo, os tubarões do futebol Mundial apareçam e os levem. Ficamos sempre sem as nossas maiores estrelas, mas perante os milhões de euros oferecidos pela Europa, é impossível aos nossos clubes e aos jogadores, por muito ricos que sejam internamente, rejeitar as propostas milionárias. Para o ano há mais craques para vender, mais milhões entrarão em Portugal e mais estrelas se formarão, é o nosso destino.
Força aos bicampeões Pepe e Anderson, e aos nossos portugueses Simão e Nani.