i Viva la España !

Considerado por alguns como um “outsider” à partida para este Europeu, a Espanha conseguiu, em 6 jogos, mostrar o que não tinha feito nas últimas décadas: jogar um excelente futebol, e ainda ganhar os jogos de forma convincente.

Para todos que vimos este Euro’2008, não há dúvida que a Espanha foi a selecção que apresentou melhor futebol de ataque, juntado a este uma enorme solidez defensiva criada pelo quinteto Ramos-Puyol-Marchena-Capdevila-Casillas. A estes cinco juntava-se todos os jogos Marcos Senna, para mim o pivot defensivo do Europeu, que nunca deixava a equipa desconpensar-se quando perdia a bola no ataque. Como o melhor ataque é a defesa, com um sexteto destes era difícil sofrer-se golos, e depois o ataque tratava do resto. Para a frente de Senna,o trio Iniesta-Xavi-Silva (sem esquecer Cazorla e Fabregas), jogaram de olhos fechados e correram em campo como se de uma maratona se tratasse. Torres e Villa, este último principalmente, contribuíam com os decisivos golos que ditavam as vitórias. Villa considerou-se o melhor marcador da prova com 4 golos, Xavi o melhor jogador do campeonato.

Não tenho comigo as estatísticas, mas era impressionante o tempo de posse de bola da Espanha e a quantidade de passes dados até chegarem à área adversária. Deve ter sido sem dúvida a equipa que mais passes fez durante todos os jogos, com uma qualidade acima da média. Iniesta e Xavi então, cada passe deles era meio golo e quando assim é tudo parece mais fácil. Visto assim na teoria parece uma equipa perfeita esta Espanha que venceu o Europeu, mas certamente que se encontra longe disso. Apenas foi, de longe, a melhor equipa a jogar futebol (ofensivo, defensivo, contra-ataque, de toque curto, tudo), e aproximou-se muito da perfeição que tenho visto até hoje. Parabéns aos craques que venceram o Europeu e vingaram-nos da Alemanha, quanto aos nossos, daqui a 2 anos há mais e temos que estar lá!